Se eu tivesse Twitter isto sairia como um "RT", como não brinco com essas coisas, deixarei como uma transcrição:
you’ve got the love I need to see me through
By gpoulain - http://onewaymonologue.wordpress.com/
Eu
não acredito em almas gêmeas. Aprendi desde cedo a probabilidade
múltipla de diferentes combinações maravilhosas num mundo com mais de 6
bilhões de pessoas. Aprendi também, isso foi um pouco mais recente, que
muita gente tem não só um, mas alguns pares perfeitos ao longo da vida.
O surgimento de um novo não necessariamente rotula o antigo como uma
escolha “errada” ou “pior”. Os amores talvez sejam mesmo cada vez
maiores, a gente talvez realmente ame muito mais do que antes, e isso
deve servir muito mais como estímulo para tentar novamente (quando
acaba) do que pra diminuir as nossas experiências (as mais preciosas).
Embora não fosse isso o que eu queria falar. Queria discutir um pouco então a importância do acaso no matchmaking
da vida. O que importa mesmo é a rua que você cruza, os lugares que
você visitou, o tempo que você esteve circulando no mundo e as pessoas
que você trombou no meio do caminho. Não adianta de nada se o amor da
minha vida entrou num avião que eu nunca peguei. Sendo assim, se eu não
o conheci, ele nunca será efetivamente o amor da minha vida.
Talvez o que importa mesmo
é a nossa capacidade de ser uma pessoa apaixonante e apaixonável ao
mesmo tempo. Quem tem encantos, e vê encantos, tem uma probabilidade
muito maior de se apaixonar. Me lembro um pouco daquela velha história
de cuidar do jardim para atrair as borboletas. É uma analogia meio
infantil para ensinar o que pra muita gente funciona como chave para
achar alguém (ou ser achado, como muitos gostam de ver as coisas).
Mas nada disso explica a
química, as afinidades acidentais. Não cabe a mim ficar entrando nesses
méritos - e convenhamos - o mistério é muito mais gostoso. Vejo
intercessões nas coisas que fazem as pessoas felizes. Todo mundo gosta
de sorrisos, de bom humor, de histórias inteligentes. Todo mundo gosta
de encontrar qualidades universais no outro (e as possibilidades são
infinitas). Que seja apreciar o mundo. Lançar novos olhares. Não perder
a capacidade, nunca, nunca, de se supreender. Ser interessado, ser
aberto, querer descobrir.
Já disse aqui mesmo em
outra oportunidade que talvez se apaixonar seja ainda mais essencial do
que ser apaixonável. Mas talvez seja mais difícil também.
O interesse faz a outra via. O resto, espero, vem na maior facilidade.
Esse texto é muito "Eu" pra não ser postado por mim!
1 comment:
hahaha. estou me sentindo chique agora. que bom que se identificou. é muito eu também.
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